"Quando recebi o telefonema do hospital a informar-me sobre a morte da minha mãe, o mesmo foi seco e duro..."
Victor Sebastião
Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações (2001) pelo ISCTE
Mestrado em Psicologia Clínica (2012) pela FCHS, Universidade Lusíada de Lisboa
A frequentar o curso de Especialização em Psicodiagnóstico e Intervenção Psicoterapeutica de Apoio
Mediação e Meios Alternativos de Resolução de Conflitos (2008) pela MEDIARCOM
A notícia da morte de um ente querido é um acontecimento, geralmente, dramático. Mas aliado à dificuldade em gerir a má notícia, o enlutado refere, muitas vezes, a qualidade da forma como a notícia lhe foi dada.
Por vezes, não tomamos em consideração a pessoa que está ao nosso lado (ou do outro lado da linha). Temos tendência em "bombardear" a má notícia, sempre carregada de informação que poderá ser desnecessária, por exemplo:
"Sei que a notícia que tenho para lhe dar não é fácil! Não vai ser fácil ouvir o que tenho para lhe dizer. Sabe que houve umas complicações que não estávamos à espera. O seu ente querido já não estava bem e já devia estar à espera do pior..."
Durante a comunicação da má notícia temos que dar espaço ao recetor da mensagem para que este possa refletir sobre o que está a ser dito. Por vezes, é preferível dosear a informação, ao invés de a dar toda de uma só vez. Veja o exemplo que se segue:
"Tenho uma notícia difícil para lhe comunicar… (esperar pela reação)
Lamentamos informar, mas o seu ente querido faleceu… (esperar pela reação)
Estou aqui para o ajudar, no que necessitar."